quinta-feira, 20 de junho de 2013

Sobre as manifestações


Passei parte desta semana em silêncio. Procurei ver, ouvir, conversar, ler, bastante sobre tudo o que temos visto acontecer devido, dizem, e sem razão, a 20 centavos de aumento na passagem de ônibus.
Embora tenha lido muita coisa boa escrita por amigos meus, que eu poderia apenas compartilhar, gostaria de me posicionar neste momento.
O que está acontecendo? E como lidar com isto?

Estamos vendo, em minha opinião, um movimento que nasce para trazer a tona a indignação que está escondida no coração do povo brasileiro a muito tempo.

 Estamos vendo acontecer um movimento que é expressão clara da chamada "geração y". Ele nasce via internet, ele se mobiliza na horizontal, basta perceber que não há pessoas que se destaquem como os "lideres carismáticos do movimento".

Estamos vendo acontecer um movimento que pode ser bom ou ruim, isto dependerá da postura e consciência real de justiça presente em um povo.

Estamos vendo acontecer um movimento que tem a força e a fragilidade de todo movimento popular. A força de juntar as massas e impressionar e até mesmo amedrontar aqueles que estão no poder. A fragilidade por dar a muitos baderneiros e oportunistas a camuflagem necessária para fazerem arruaça, vandalismo e destruição.

Estamos vendo acontecer um movimento que pode de fato ser o marco de um novo momento de se posicionar de nossa nação, mas que precisará ser relevante em momentos chaves e decisivos como as eleições do próximo ano, e as aprovações de emendas constitucionais feitas na surdina por nossos parlamentares.

Em minha opinião estamos vendo algo bom, mas também muito perigoso. Bom porque mostra que os poderes públicos não podem ser absolutos em uma democracia. Eles não podem fazer o que bem entendem sem ter que dar satisfação a ninguém, isso é totalitarismo e não republica. Perigoso, porque corre o risco de se tornar algo que não seja consistente com o que seja de fato relevante para a nação como um todo, mas apenas uma força que lute por parcos interesses pessoais, que nos incomode diretamente, ao invés de ser uma luta por grandes questões que podem mudar a postura política de uma nação.

Agora, o que fazer? Bem, como procuro ser um autêntico seguidor de Jesus Cristo, minhas considerações, provavelmente não irão agradar a todos:

1. Devemos orar. Acima de tudo e acima de todos existe um Deus que dirige soberanamente a história e que é aquele que de fato pode mover tudo para a direção da justiça.

2. Devemos ser cobeligerantes. Toda ação que se expresse, seja por que grupo for, que carregue em suas ações e propostas valores ligados ao Reino de Deus, deve ter o nosso apoio como povo de Deus em missão no mundo.

3. Devemos ser conscientes. A Bíblia deixa claro que não iremos ter um mundo de justiça nesta presente era. As forças que dirigem o presente século são opostas a Deus e, por isso mesmo, opostas a toda justiça.

4. Devemos ser autênticos. A igreja é o povo de Deus em missão no mundo e, seguindo os passos de Jesus Cristo, nossa missão é proclamar o evangelho do Reino de Deus, que implica em apresentar a graça de Deus que se expressa em seu perdão dado em Jesus Cristo, mas também na submissão ao governo de Deus que é exercido por Jesus Cristo. Ou seja, nós não podemos achar que as coisas vão melhorar só porque conseguimos baixar o preço das passagens de ônibus ou levamos governantes a votarem emendas de acordo com o que queremos.

Como igreja devemos nos lembrar que se pessoas não se rendem ao evangelho, não se submetem ao governo de Deus em Jesus Cristo, hoje estarão lutando por uma causa justa e amanhã fazendo eco a posicionamentos que são absolutamente contrários ao Reino de Deus.

Assim, minha opinião é que devemos orar por um despertar da consciência política de nossa nação, mas devemos trabalhar, mais do que nunca, pela propagação do evangelho do Reino, convocando as pessoas ao arrependimento e a fé, que implica em submissão ao governo de Deus em Jesus Cristo.

Para finalizar, penso também que este é o momento para que sejamos missionais e intencionais com nossa liderança. É o momento de autênticos cristãos, que estão em posições estratégicas na política e em outros pontos chaves da nação se levantarem e se fazerem ouvir, se posicionarem e se apresentarem com referências e propostas que possam ser seguidas.

No Caminho,

quinta-feira, 13 de junho de 2013

HOMOSSEXUALISMO: DANDO A CARA PARA BATER, DE NOVO.

Bem, este é um assunto que acredito que vamos ter que tratar muito ainda. Estamos vendo apenas a ponta do iceberg.  Muito me incomoda ver como a mídia trata esta questão, mas mais incomodado ainda fico em ver como aqueles que se afirmam cristãos lidam com isso.

Assim, mais uma vez vou tentar dar minha contribuição em termos de uma reflexão bíblico-teológica. Quero reforçar isso. Minha contribuição não é em termos morais, éticas, filosóficas, antropológicas, psicológicas, ou qualquer outra linha de ciências humanas. É teológica!

O que quero dizer com isto? Quero dizer que o que escrevo parte de pressupostos e paradigmas que para mim, e para o Cristianismo Histórico, estão estabelecidos desde antes da fundação do mundo. O que apresento aqui tem por base a convicção de que a Bíblia é uma Revelação. Uma revelação feita pelo próprio Deus, interagindo com os seres humanos ao longo da história.

Também tem por base que Deus é real, e que ele não é uma energia, uma força mística, mas uma Pessoa, e que é o Criador de tudo que existe e como tal, estabeleceu critérios e uma ordem que deve estruturar e reger a criação feita por ele.

Na Bíblia, mais precisamente no primeiro livro que ela contém, chamado Gênesis, nos dois primeiros capítulos, vemos o que é chamado de criação boa e perfeita de Deus. No capítulo 3 há um evento que chamamos de Queda, que tem a ver com a rebelião do ser humano contra seu Criador.

A partir dai tudo o que encontramos na Bíblia está relacionado a Deus nos mostrando como as coisas deveriam ser, como nos distanciamos disto e como Deus está trabalhando para trazer tudo de volta a ordem.

Em termos de relacionamentos sexuais, a Bíblia não nos dá a opção de escolhermos o que desejamos ser ou como desejamos nos relacionar. Existe um Deus que sabe como devemos ser, porque nos criou, e diz como devemos nos relacionar.

Se não fazemos do jeito que ele nos apresenta em sua palavra nós estamos nos rebelando contra sua vontade que é boa e perfeita para a humanidade. As pessoas em nossa sociedade podem ficar bravas o quanto quiserem, podem chamar isto de moralismo, ou preconceito, mas lembre-se que não estou tratando de moral e não estou tratando de sociologia, estou tratando de teologia.

Portanto, conforme o que a Bíblia nos ensina, se somos autênticos seguidores de Jesus Cristo, vamos desejar ver e fazer as coisas de conformidade com o projeto original de Deus. O que em termos de sexualidade implica em manter um relacionamento entre um homem e uma mulher, com fidelidade a esta relação.

Eu não estou dizendo com isto que não devemos respeitar um homossexual, ao contrário. Como um seguidor de Jesus Cristo, eu respeito um homossexual como ser humano, como faço com qualquer outro ser humano. Se ele precisar de minha ajuda irá encontrar, se precisar que eu doe sangue para ele, irei doar, se precisar de alguém para conversar, irei me dispor. No entanto, eu não concordo com sua decisão de querer dirigir sua vida de maneira independente do que Deus diz para nós. Assim como não concordo com isto em qualquer outra área da vida, da minha própria vida, com a qual eu tenha que lutar porque está se manifestando de maneira contrária ao governo de Deus.

Os meios de comunicação tratam desta questão apenas querendo mostrar que homossexuais podem ser pessoas de respeito, e podem mesmo, podem ter famílias decentes, e podem mesmo, mas a questão não é esta. A questão é que Deus, o Deus que fez sua revelação através da Bíblia, o Deus que se manifesta na pessoa de Jesus Cristo, nos diz que ele não criou o ser humano para que este se relacionasse sexualmente homem com homem ou mulher com mulher.

E não adianta ter igrejas que aceitem isto, ou digam o contrário, não é a igreja que dita isto, é a Bíblia. É por isso que tantas pessoas fazem questão de rejeitar a Bíblia como Palavra de Deus, porque se não rejeitar tem que rever o que querem fazer de suas próprias vidas.

É claro que a Bíblia não trata apenas desta questão, trata também de muitas outras, e quero deixar claro que se é tratado explicitamente pela Bíblia, então, precisa ser acolhido de modo intencional e comprometido por todo aquele que quer ser discípulo de Jesus Cristo.

Logo, torno a dizer que não tem nada de preconceito aqui. Tem sim consciência de compromisso com o que Deus planejou e ordenou para o ser humano. Contudo fazemos parte hoje de uma sociedade que não quer se submeter a Deus. Quer um Deus que as aceite fazendo as coisas que querem fazer, no lugar de se arrependerem para aceitarem um Deus que diz como elas devem fazer as coisas.

Qualquer pessoa tem o direito de escolher e viver do jeito que bem entende, mas todos nós temos que lidar com as consequências de nossas escolhas. E neste caso a consequência é que Deus não se relaciona e não acolhe em seu Reino pessoas que se rebelão contra sua vontade.

"Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus. Assim foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus." (1Coríntios 6.9-11)

Note que não são apenas os homossexuais, e que não são apenas atitudes que nossa sociedade denomina como erradas, mas são posturas de rebelião e independência ao que Deus estabeleceu como sendo bom e perfeito para nós seres humanos.

Note também como, apesar de nossa rebelião, Deus não nos abandonou, mas nos enviou Jesus Cristo, para como ser humano, fazer a escolha de viver em harmonia e obediência aos propósitos de Deus para que, então, com sua morte e ressurreição pudessem nos perdoar e nos tirar de nosso estado de rebelião.

Pronto, dei a cara a bater de novo! Minha oração é para que Deus dê amor, compaixão, sabedoria e coragem a todos aqueles que são autênticos discípulos de Jesus Cristo. Para que assim possamos responder ao presente século com uma vida de compromisso com o governo de Deus.

No Caminho,

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Mais que um Vingador: A Supremacia de Cristo sobre todos.



Toda pessoa, mesmo que saiba que super-heróis não existem, tem em seu imaginário um lugar para eles.

Está sendo filmado o segundo filme que junta quatro principais super-heróis do mundo dos quadrinhos: Homem de Ferro, Thor, Hulk e Capitão América. Juntos eles formam uma liga de heróis que se denomina “Os Vingadores”.

A expectativa que gira em torno de todo filme de super-heróis é sempre a mesma, que ele de modo altruísta e corajoso salve o mundo de alguma grande catástrofe. Mas, a pergunta que temos a fazer é: quem salva estes super-heróis? 

É interessante notar que cada um deles, apesar da coragem que exprimem, tem suas limitações, tem suas falhas, tem realidades das quais precisam ser redimidas. Realidades  que expressão na verdade características de cada um de nós. Assim, todos eles, como cada ser humano,  precisam de um Salvador.

Nesta série iremos ver como e porque Jesus Cristo é superior sobre todo e qualquer super-herói e porque só Ele pode ser o verdadeiro salvador que nós seres humanos precisamos.

Hoje veremos como Jesus Cristo é superior ao “Vingador” Homem de Ferro em humildade e por isso é o redentor da humanidade. Mas, talvez nem todos aqui conheçam muito bem o “Homem de Ferro”, então, vamos fazer uma pequena resenha dele.

O Homem de Ferro tem debaixo de sua armadura o multi-milionário Tonny Stark, uma espécie de “mercador da morte”, uma vez que sua empresa fabrica armas de guerra para o governo americano. Um homem ganancioso, vaidoso, mulherengo, alcoólatra e altamente arrogante. 

O Homem de Ferro expressa, portanto, a principal característica daqueles que resistem a graça de Deus: o orgulho!

“Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes”. (Tiago 4.6)

A questão, portanto, é procurarmos entender como Jesus Cristo é superior ao “Homem de Ferro”, e aqueles que por ele são prefigurados, em função de sua humildade. E para isto veremos o texto de Filipenses 2.5-11, a fim de conhecermos a supremacia de Jesus Cristo nesta área.

O que a palavra de Deus nos ensina neste texto sobre a humildade suprema de Jesus Cristo?


QUE ELA É SUSTENTADA PELA CONSCIÊNCIA DE SUA IDENTIDADE.

“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se;” (Filipenses 2.5-6)

Dentro do contexto de nossa sociedade contemporânea temos uma noção de humildade muito fora daquilo que a Bíblia nos apresenta como humildade. Conforme o sentido etimológico da palavra:

“Humildade significa  terra fértil, vem  da palavra húmus que significa : solo sobre nós. É a qualidade das pessoas que procuram se manter no nível dos outros, ninguém é pior ou melhor do que os outros, todos estamos no mesmo nível de dignidade, de cordialidade, respeito, simplicidade e honestidade.” (www.significados.com.br)
No entanto, praticamente falando, nossa sociedade lida com o conceito de humildade como algo que é expressão de gente fraca, inferior e incapaz. Geralmente quando vemos uma pessoa de condições sociais inferior ou limitada em termos educacionais a expressão que se usa é que ela é “uma pessoa muito humilde”.
Confundimos também o conceito de humildade quando achamos que a mesma está relacionada a não admitirmos as virtudes que temos. Uma brincadeira que sempre fazemos ou ouvimos sobre isso é: “Orgulho-me muito de minha humildade.” 
Mas o texto de Filipenses nos mostra que Jesus Cristo é humilde justamente porque ele sabe quem é.
“embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se”.
Ou seja, o que faz de Jesus alguém humilde é justamente o fato dele ser Deus e saber que é Deus, e abrir mão de usar suas prerrogativas de Deus, uma vez que se fez homem.
Jesus diz em Mateus 11.29 o seguinte:
“Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas.” (Mateus 11.29)
Justamente porque Jesus Cristo sabe quem é, é que a humildade pode se manifestar concreta e plenamente em sua vida como ser humano, pois ele não precisa provar nada para ninguém.
Geralmente nossa necessidade de reconhecimento, por falta de segurança de quem realmente somos, é que faz com que tenhamos atitudes de orgulho em nossa vida. 
Na estória do Homem de Ferro ele não tem sua relação bem resolvida com seu pai que já faleceu, e passa toda sua vida tentando provar quem é, ou o que pode ser. ORGULHO!
Para que possamos ter um verdadeiro Salvador, precisamos de alguém que não tenha que lutar por si mesmo, que esteja completamente resolvido e consciente de sua própria identidade. Jesus Cristo é este alguém (João 13.1-4)

QUE ELA SE MANIFESTA NA SUA ENCARNAÇÃO.

“mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.” (Filipenses 2.7)
Henri Nouwen foi quem desenvolveu o conceito, a partir deste texto, do que ele chama de “mobilidade descendente”. Este conceito tem a ver com a escolha que o Filho faz de se mover de sua glória, majestade, e eternidade para dentro do mundo criado pela Trindade, se limitando a um corpo físico, e fazendo isto em uma categoria de servo.
Sim, a questão da encarnação de Jesus Cristo é mais do que o Deus Filho se tornar um ser humano, passa pela sua decisão de tornar-se um ser humano sem privilégios e de viver uma vida de serviço e devoção a Deus Pai, através de representá-lo entre os seres humanos e servindo a sua criação, em busca do resgate dela.
O que chamamos de encarnação de Deus é um conceito que é completamente contra-cultural aos anseios e buscas da sociedade humana. Desde que nascemos somos ensinados a buscar o sucesso, a sermos reconhecidos, a nos tornarmos alguém importante, para que possamos merecer os melhores lugares.
Na encarnação, aquele que é o princípio e o fim, o alfa e o omega, se limita a uma vida humana para viver em serviço da sua criação. Conforme as próprias palavras de Jesus Cristo, ele veio para servir e não para ser servido.
“Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Marcos 10.45)
Que contraste com o Homem de Ferro! Ele gosta de glamur, de destaque, gosta de ser reconhecido e elogiado. Ele atua em favor de outros, porque a sua própria vida está em risco também.
A vida de Jesus Cristo não estava em risco. Ele a colocou em risco por nós. Ele não precisa fazer isto, mas fez. O Deus Filho se tornou o homem Jesus Cristo. Ele encarnou a natureza humana não porque tinha que fazer isto, mas porque escolheu fazer isto. E o escolheu por amor a sua criação.
E como ser humano ele aprendeu a obediência com humildade e por isto se tornou o Supremo Salvador da sua criação. Devido a sua obediência ele recebeu do Pai, o que já lhe era de direito, toda autoridade e todo poder sobre tudo e todos.
“Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu; e, uma vez aperfeiçoado, tornou-se a fonte da salvação eterna para todos os que lhe obedecem.” (Hebreus 5.8-9)

QUE ELA SE CONCRETIZA EM SEU SACRIFÍCIO
“E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz! (Filipenses 2.8)
Embora a encarnação de Jesus Cristo seja por si só um ato de suprema humildade, pois o Deus eterno se limitou na forma finita de sua criação, o ápice da mesma se dá diante de sua morte.
Vamos pensar juntos sobre isso. Quando falamos de Jesus Cristo não estamos falando de um personagem de história em quadrinhos. Nós não estamos falando de uma lenda ou de um personagem da mitologia grega, nórdica, ou judaica.
Quando falamos de Jesus Cristo estamos falando de um ser humano, mas de um ser humano que contem em si toda a natureza do Deus Eterno que criou o universo. Talvez algumas pessoas possam duvidar disto, talvez outras possam achar que é um exagero ou uma loucura aceitar tal afirmação.
Contudo, a verdade não deixa de ser verdade porque não cremos nela. E sendo Jesus Cristo o Deus Eterno que se fez ser humano, então, ele é a própria essência da vida. E se ele é a essência da vida, então, não há expressão mais clara de humildade do que deixar-se matar por sua própria criação.
Sim! É absolutamente importante que compreendamos que Jesus Cristo não morreu porque não tinha como evitar isto. Ele podia evitar. Jesus Cristo morreu porque entregou-se a morte. Ele entregou-se em favor do resgate do ser humano que foi criado a sua imagem e semelhança.
No Evangelho de João, Jesus Cristo deixa absolutamente claro isto para nós. Que ele deu a sua vida para resgatar o seu povo.
“Por isso é que meu Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para remotá-la. Esta ordem recebi de meu Pai.” (João 10.17-18)
E a palavra de Deus nos ensina que Jesus Cristo fez isto por nós não porque merecêssemos, mas porque decidiu nos amar.
“Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.” (Romanos 5.8)
Não há expressão de humildade maior do que o Autor da Vida se submeter a própria morte. Não há expressão maior de humilhação do que aquele que pode em qualquer momento manifestar toda a sua glória, calar-se diante do insulto e da blasfêmia de seres insignificantes como nós.
Jesus Cristo é superior em humildade ao Homem de Ferro e a qualquer outro, porque diante do desaforo, qualquer um que tenha poder em suas mãos deixaria claro quem é que estava no controle.
Mas, Jesus Cristo, aquele que tem todo o poder e toda a autoridade no céus e na terra, escolheu humilhar-se e manter-se dependurado em uma cruz, até que sua vida se fosse, para que então, pudesse reaver a nossa vida por intermédio da dele.
Conclusão
Como consequência de sua humildade a palavra de Deus nos mostra que Jesus Cristo recebeu de vota do Pai toda autoridade e poder que sempre teve em toda a eternidade.
E é diante dele, diante de seu infinito poder e majestade, que um dia todo joelho se dobrará e toda língua confessará seu governo soberano sobre tudo e todos.
“Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai.” (Filipenses 2.9-11)
Diante de sua suprema humildade Jesus Cristo recebeu uma suprema exaltação, que foi promovida pelo próprio Deus Pai.
Quando nós seguimos os passos de Jesus Cristo, nos rendendo ao seu governo amoroso, e também nos humilhamos diante da poderosa mão de Deus, ao invés de orgulhosamente exigirmos os nossos direitos, o Senhor semelhantemente nos exaltará para a sua própria glória.
“Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará.” (Tiago 4.10)
Não devemos nos esquecer que no Reino de Deus os humildes são bem aventurados e aqueles que foram vistos como perdedores dentro do padrão do nosso mundo contemporâneo é que serão tidos como vencedores.
“Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança.” (Mateus 5.5)
“Contudo, muitos primeiros serão últimos, e os últimos serão primeiros.” (Marcos 10.31)