Somos condicionados pela nossa sociedade a viver a vida de modo fragmentado. Você já parou para perceber como é que acabamos expressando nossa vida assim? Falamos sobre nossa vida profissional, vida sentimental, vida familiar, vida com Deus, vida financeira, etc. Como se tivéssemos várias vidas separadas e estanques em nós mesmos.
O problema disso é que acabamos por assumir vários papéis diferentes em nossa vida, e ai ficamos completamente fragmentados, e acabamos tendendo a suar máscaras, ou perfis que representem cada um destes nossos papéis, e com o passar do tempo, já não sabemos mais quem somos.
Jesus disse que veio para nos dar vida, e vida em abundância. Não vidas, mas uma vida! Acredito que a vida abundante da qual Jesus se refere é a capacidade de concentrarmos todo nosso ser em uma e única vida, pois só há uma vida, a nossa vida, e é isto que precisamos viver, com inteireza de todo nosso ser.
É interessante saber que este é o alvo da vida de um monge. Uma pessoa se torna monge porque ela deseja ser uma pessoa indivisa, pois a palavra monge (monachos) vem de "monas, que significa unidade, ser uno."
Jesus diz que ele e o Pai são um e ora para que também sejamos um com ele e o Pai. Assim, a vida abundante que Jesus quer nos dar é a vida dele no Pai. Só podemos ser inteiros, viver sem representar papéis sociais que nos são impostos, quando encontramos o nosso lugar novamente no ser de Deus.
No Caminho,
Um comentário:
tenho pensado muito sobre isso!
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